CECÍLIA. MAS, PODE ME CHAMAR DE JUSTIÇA. Bom dia amigos. Meu nome é Cecília, uma chimpanzé, e nasci no zoo de Mendoza, Argentina. Sabe, eu não sei muito bem minha origem, porém tinha a companhia de minha irmã, Xuxa e de Charly, desde que nasci. Convivo com meus semelhantes e com uns bípedes que se chamam por humanos. Minha realidade é minha casa. Vivo em um local simples, mas minha visão não para nas cercas. Vejo pequenos seres correndo, sorrindo e mesmo, querendo me dar comida. Obrigada. Eu penso sabe? Acho que eles desconhecem. Eu sonho. Eu vivo. Por vezes, entendo que eles me tratam como igual. Fiquei muito triste quando, primeiro em julho de 2014, perdi a companhia de Charly. Era um amigo e amigos a gente sempre quer junto. O pior, foi depois, poucos meses, perder minha irmã, Xuxa. Aí foi o fim. A melancolia se instalou. Eu era só eu. Havia os bípedes que me tentavam animar. Eu, estava desistindo de viver. Aqueles, falavam em doença, uma coisa que diziam se
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LIBERDADE Era incrível e ao mesmo tempo tão belo e real!! Eu voava por aqui e ali sem limites nem barreiras. Meu corpo sofrera profunda metamorfose: tinha penas, asas e bico, mas meu espírito continuava a pensar numa sequência tão rápida que me deixava confusa. Vi campos bem tratados e arados; vi animais e pessoas nas suas labutas diárias; vi irmãs de corpo como eu, pousando aqui e ali, alimentando a prole para dar continuidade à lei da Natureza. Mas, repentinamente, também vi o outro lado. Ouvi os prantos daqueles que perderam a liberdade para servir de adorno e de prazer aos homens. Vi florestas e matas desnudas, desabitadas e descoloridas. Ecoou o grito fortíssimo da Natureza sem encontrar ouvintes atentos. De repente, meu vôo de corpo e espírito foi literalmente interrompido. Debati-me em vão. Procurei aquietar-me. Percebi que tinha caído prisioneira numa de minhas próprias armadilhas para pássaros. Via o meu outro " eu humano " me aprisionando e me r
Cães de aluguel
Realmente não há o menor cerne na mente humana. Volúvel, o ser humilde que arvora-se na racionalidade única da sua espécie, se esmera no quesito maldade e submissão. Não há fim na exploração de animais. Não bastasse a hipocrisia da qual faço parte, no quesito de cultura alimentar, tudo justifica o lucro, a posse a moeda. Pouco importa se haverá violência. Zoológicos ainda existem, espetáculos dantescos com animais, vestimentas, e o já aceito abandono do Estado no trato dos bichos. Sempre há uma justificativa. É propaganda, divertimento, exploração, alimentação, e o descaso com animais errantes. Em específico, os existentes nos centros urbanos. Silvestres, exóticos e principalmente domésticos sofrem do abandono, da ignorância do trato. O que se busca é ganhar. E, os amados animais sofrem. No momento de vender produtos, de sensibilizar o povo, são usados muitas vezes a exaustão. Usados em charretes, monta
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